A província de Luang Prabang, ou Louang Prabang, é a 9ª com mais bombas não explodidas do Laos. Todo o pais, hoje, empenha forças em identificar as bombas ainda existentes – UXO, destruí-las e conscientizar a população a não comercializar esse material e tão pouco em manuseá-las.

Principalmente nas áreas campestres, o país ainda vive essa realidade, mas graças aos esforços de vários países , como França e Austrália, juntamente com o governo do Laos, menos pessoas se ferem ou morrem com esses acidentes a cada ano.

Estima-se que os USA tenham jogado 2 milhões de toneladas de bombas em todo o país. Entre tantos tipos diferentes já encontrados, uma bomba química, considerada uma das mais destruidoras e dolorosas, a Napalm.





efeito Napalm

Todas essas informações e muitas outras estão disponíveis no museu UXO na cidade de Luang Prabang ou no site da orzanização: luangprabang-laos.com

Saindo do museu a cidade é muito mais do que a lembrança de uma história tão triste. Aliás é possível que a maioria das pessoas que visitem a cidade se quer entrem em contato com essa parte da história.
Luang Prabang é uma charmosa cidade de influência francesa. Cercada por 2 rios, um deles o famoso Mekong, que inicia na China e termina no Vietnã, passando pelo Laos, Myanmar, Tailândia e Camboja.
Há vários restaurantes na beira do rio, onde você pode ficar por algum tempo sentindo o clima agradável da cidade.







A avenida principal tem também um charme especial, cheia de opções em cafeterias, restaurantes e Spa de massagens.



Há muitos templos budistas pela cidade. O mais famoso deles foi construído em meados de 1500, chamado Golden City Templo – Wat Xieng Thong. Em suas paredes há uma trabalho detalhado e lindo feito com pequenos pedaços de pedras coloridas (eles chamam de vidro japonês – ou espelho colorido) , que reluzem com as luzes (do sol e artificiais).




Também há uma Stupa e um pequeno templo na montanha Phousi (Mountain Phousi). A visão da cidade lá de cima é linda e também é possível admirar várias esculturas diferentes de Budha em meio a natureza. Com certeza o templo mais “natural” que vimos.




Na cidade também há um Museu Nacional. Não é possível tirar fotos do local, mas lá está a antiga casa da família real, com os móveis, fotos, esculturas e a frota usados pela família.
Durante a noite, a avenida principal fecha para o “Night Market”. Os locais abrem e montam suas tendas para atender a grande demanda de turistas.


Para visitar a cidade é preciso uma programação com boa antecedência, principalmente nessa época, Janeiro e Fevereiro. As hospedarias e hotéis ficam praticamente todos lotados. Do contrário você tem que se sujeitar ao que estiver disponível, se achar algo disponível.
O uso de repelente aqui é fundamental, aliás, nessa região da Ásia (Laos, Vietnã e Camboja). Mas não me venha com OFF comprado no Brasil, pois ele definitivamente não é o tipo de coisa que funciona por aqui. Durante o dia o calor é intenso, mas a noite a temperatura cai bastante, mesmo assim os pernilongos estão presentes.
O tour mais famoso da cidade, na verdade fica fora dela. Há uns 35 km estão as cachoeiras Kuangsi ( Kuangsi Falls). Até lá o tuk tuk vai te cobrar, no máximo 50.000 kip, ou equivalente R$ 15,00 ida e volta. É um parque lindíssimo, com cachoeiras de águas frias e num azul e verdes maravilhosos.





Este parque conta com um viveiro da organização FREE THE BEARS, que resgata ursos mantidos em cativeiro. Fizemos um post especial para eles: freethebears.org.au




Outra coisa que anda muito comum entre os turistas é a Cerimônia Budista de entrega de alimentos (Alms Giving Ceremony). É algo simples e muito silêncioso, bonito pela simplicidade, mas que vem sofrendo um abuso por parte do turismo. Muitos locais exploram a cerimônia e a vendem como pacote turístico e muitos turistas desinformados tiram fotos de maneira desrespeitosa, usando flash e muito perto do monge. Algo que vem aborrecendo os religiosos locais.



A maneira de se vestir é outro problema, nos templos budistas, tanto homens quanto mulheres, não devem entrar com calçados, shorts ou com ombros à mostra.
Como toda a cidade é patrimônio da UNESCO, alguns dos principais templos são pagos, 20.000 kip, ou cerca de R$ 6,00. Para o Museu Nacional o fee é de 30.000 kip.
Uma das coisas bem turisticas que participamos, foi jantar num restaurante com dança e músicas típicas (apesar de não se ver ninguém vestido tipicamente pelas ruas). O lugar, restaurante Roots and Leaves, é lindo, com um pequeno lago e o palco de apresentações no centro. Em volta, várias flores de Lotus pra enfeitar. Apesar de sair um pouco mais caro que o nosso costume, valeu a pena pela delicadeza das danças e beleza do lugar.




Com a viagem, uma das coisas que mais te tornou comum foi consultar e fazer avaliações no tripadvisor. Em Luang Prabang, vimos que o 1º lugar lugar em avaliações culinária é uma pizzaria. O único problema é que para chegar lá é necessário atravessar o rio Mekong por uma ponte de bambu. Se alguém sabe o quanto eu “adoro” esse tipo de coisa parecida com arborismo, sabe bem o quanto foi difícil e emocionante, e estressante, fazer isso.


Consegui, atravessamos a ponte e chegamos ao simples e charmoso restaurante atrás de uma escola de inglês, o Pizza Phan Luang.



